Enfim ele chegou.
Mas ninguém o viu.
Ninguém o escutou.
Ninguém o escuta, nunca.
Mas sua discreta presença.
Trouxe uma infinidade de sons.
Sons que nunca antes ouvira.
A bulha inicia-se quando ele esta presente.
Ele não emite som algum.
É demasiado tímido.
Odeia qualquer tipo de som, de nota.
Mas sua presença desperta novos sons.
Sons originais e fascinantes.
Sons que são extintos em sua ausência.
Sons imperceptíveis sem sua presença.
Sons que o adoram.
O soar dos ponteiros.
Da constante água a gotejar.
Do grilo a cantar.
Todos amam e adoram,
Não existem sem ele.
O silencio.
O AMIGO DOS EXCLUÍDOS por Luiz Paulo Maciel de Souza.
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